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Unides contra a privatização!

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, segue com o projeto de privatizar serviços públicos e essenciais para moradores e moradoras do estado e da cidade de São Paulo. Em uma tentativa de conter esse processo de sucateamento, no dia 3/10, funcionários do Metrô, da CPTM  (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) entraram em greve por 24 horas. 

Após um pronunciamento do governador na televisão em favor das privatizações, a linha 9- Esmeralda, privatizada, teve uma falha no funcionamento.  

É comum na televisão, jornais ou redes sociais imagens e vídeos de mães com crianças no colo, pessoas idosas, e trabalhadores cansados andando no meio da brita e entre os trilhos, por falhas nos trens da linha privatizada, com riscos à sua integridade física. As cenas cotidianas de atrasos, acidentes, falhas por falta de manutenção  viraram piada e hoje, a linha privatizada em 2021, é ironizada nas redes sociais. O perfil satírico “Via Imobilidade – Incompetência sobre trilhos”, relata o cotidiano das pessoas que utilizam as Linhas 8 e 9 na capital paulista.

E por que a Casa 1, um projeto LGBTQIAPN+, está falando sobre isso? 

A privatização impacta diretamente a vida da população periférica e precariza as relações de trabalho, o que já é suficiente para ser um assunto de atenção a todas as instituições que defendem os direitos humanos. 

Com serviços públicos e essenciais sucateados e, também com a elevação das taxas pós privatização, as populações marginalizadas e vulneráveis serão as primeiras afetadas, ou seja, populações negras, pobres e LGBTQIAPN+.  

O transporte público de qualidade não é uma mercadoria, é um serviço essencial. Mobilidade é um direito humano.

Entender o transporte público como um negócio, é aceitar que é legítimo lucrar sobre os direitos de outras pessoas. Queremos cidades que privilegiam o ganho coletivo, com transporte público de qualidade e acessível, e não cidades pensadas para buscar o lucro acima do bem comum. 

O fortalecimento da extrema direita ao redor do mundo cria um contexto desfavorável para a defesa do bem comum e das pautas coletivas. Por isso, é importante que toda a sociedade civil se mobilize contra os processos de privatização em andamento. 

Para colaborar com a mobilização de trabalhadores e trabalhadoras, a Casa 1 se tornou um espaço de votação do plebiscito contra a privatização. 

A iniciativa faz parte de uma campanha unificada das entidades representativas das categorias da Sabesp, CPTM e do Metrô, envolvendo todas as centrais sindicais, parlamentares e, também, movimentos e organizações sociais.

O plebiscito está sendo realizado através da coleta de votos, por meio de cédulas físicas. As urnas para recepção de votos estão distribuídas por várias áreas de São Paulo, na capital, regiões metropolitanas e interior do estado.

A urna está no Galpão Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista), de segunda a sexta, das 10h às 19h. A votação vai até o dia 5 de novembro. Não deixe de participar! 

Mais informações no site:  https://contraprivatizacao.com/

Foto de capa: Paulo Pinto/ Agência Brasil

Taubateana e Jornalista.

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