A dramaturga Luh Maza será a primeira mulher negra e a primeira transexual a compor o quadro de jurados do Prêmio Shell de Teatro. A premiação é uma das mais importantes do teatro brasileiro.
Ela diz que o convite para integrar o júri em São Paulo “é uma reação a uma cena pungente de artistas femininas, pretos e trans”. “Espero contribuir nesta interlocução, na ampliação dos debates acerca de gênero, raça e representatividade, mas também com meu conhecimento híbrido de uma artista que começou no teatro ainda criança”, afirma à coluna.
Maza ocupará a vaga deixada pela jornalista e diretora cultural Lucia Maria Glück Camargo, que morreu em 2020. O júri de São Paulo também é composto por Evaristo Martins de Azevedo, Ferdinando Martins, Luiz Amorim e Maria Luísa Barsanelli.
Luh Maza é dramaturga, atriz, diretora, crítica e curadora teatral. Ela dirigiu mais de dez espetáculos e foi também a primeira roteirista trans de um programa do grupo Globo, com a série “Sessão de Terapia” (2019).
Atualmente é roteirista e diretora da série “Da Ponte Pra Lá” e roteirista-chefe da adaptação do livro “Torto Arado”, de Itamar Vieira Júnior, ambas para a HBO Max.
Por Mônica Bergamo
SÃO PAULO, SP
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