Entre os dias 20 e 26/10, a Casa 1 promove a II Semana da Saúde. Realizada pela primeira vez em 2022, a semana é idealizada pela equipe de psicossocial do projeto,
A partir das perspectivas de diferentes corpos, vivências e saberes teremos atividades, oficinas e atendimentos que buscam ampliar as perspectivas da população LGBTQIAPN+ sobre saúde física e mental.
Com uma programação especial, a Semana irá ocupar todos os espaços da Casa 1. Confira o cronograma:
20/10 – Domingo
10h às 13h: Visita à Casa 1 e a Casa Dona Yayá – Articulando Luta LGBTQIAPN+, Saúde Mental e Bairro do Bexiga
21/10 – Segunda-feira
14h às 17h: Corte de Cabelo com Coletivo Cabeças e Alongamento e percepção corporal no Galpão
18h às 21h: Cuidados com a pele e autoestima
22/10 – Terça-feira
13h30 às 15h: Testagem de IST com Centro de Testagem e Aconselhamento Henfil
19h às 21h: Oficina Corpo e Movimento
23/10 – Quarta-feira
14h às 16h:Cozinha Medicina: As ervas na conexão entre o cotidiano e o sagrado
14h às 17h: Ação para pessoas em situação de rua ou acolhidas em serviços públicos com Consultório na Rua
17h às 20h: Festa de Halloween com PrEP – 1519
19h às 21h: Biblioteca Convida: Jonas Maria e ABRAI conversam sobre o livro “150 variações de pessoas intersexo”
24/10 – Quinta-feira
13h30 às 16h30: Plantão de Escuta
15h às 18h: Oficina de Jardinagem
19h às 21h: Roda de Conversa: Saúde mental de pessoas bissexuais
25/10 – Sexta-feira
10h30 às 13h30: Plantão de Escuta
26/10 – Sábado
13h às 15h: Perspectivas de Saúde com a Equipe Casa 1
14h às 16h: Precisamos Falar Sobre Sexo: Diálogo entre Vulvas
O que a luta antimanicomial e a luta por direitos LGBTQIAPN+ têm em comum?
Tombada pelo Estado de São Paulo desde 1998, a Casa de Dona Yayá é uma construção histórica na região do Bixiga, atualmente administrada pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo.
Um dos últimos espaços remanescentes do antigo cinturão de chácaras da região central da cidade, a chácara era a residência de Dona Yayá, que sofria de distúrbios psiquiátricos e, segundo orientação médica, deveria ficar isolada do cotidiano da cidade.
A casa funcionou como um sanatório particular onde Dona Yayá viveu reclusa até 1961, ano de sua morte.
No Brasil e no mundo os hospitais psiquiátricos atuaram historicamente como um meio de afastar das cidades os indesejáveis. Nessa lista de pessoas que não se enquadravam na norma, além de pessoas em sofrimento psíquico, estavam também aquelas consideradas como perturbadoras da sociedade, como mulheres que desobedeciam a ordem e pessoas LGBTQIAPN+.
Para falar um pouco mais sobre os pontos de intersecção entre os dois movimentos, no dia 20/10, das 10h às 13h, teremos uma caminhada da Casa 1 até a Casa de Dona Yayá, aproximando as atuações destes aparelhos de cultura no território do Bixiga.
O ponto de encontro será no Galpão (Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista), domingo, 20/10, a partir das 10h.
Foto de capa: Carla Carniel