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“Feira da Diversidade” terá atendimento gratuito para pessoas LGBTQIA+

A primeira edição do evento contará com o NPJ (Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio) auxiliando a comunidade trans na retificação de nome social   

Nos dias 24 e 25 de junho, das 10h às 12h e das 15h às 18h, será realizada a Feira da Diversidade da Estácio voltado ao público LGBTQIA+, nos campi Conceição, Santo Amaro e Interlagos, em São Paulo. Pessoas trans poderão participar do atendimento gratuito para retificação de nome social e registro de assentamento civil no NPJ (Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio) que será oferecido na Feira. O evento, aberto ao público, também contará com palestras de especialistas, distribuição de kits de prevenção à ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e uma central de currículos. A expectativa é de que mais de mil pessoas passem pelas Unidades nesses dois dias. 

“Estamos em um momento significativo sobre o que precisamos desenvolver rumo à formação de uma instituição de ensino mais diversa. Para isso, é necessário construirmos esse olhar juntos: direção, docentes, colaboradores e alunos. A feira vem como papel fundamental no futuro – e no presente – onde estamos buscando gerar uma educação mais inclusiva, justa e acolhedora”, declara Fernando Romeiro, reitor da Estácio São Paulo.   

De acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2021, cerca de quatro milhões de pessoas são transgênero binárias e não-binárias no Brasil. Um dos maiores problemas para essa comunidade é a retificação de nome social, que geralmente é um processo burocrático e caro. 

“Quando o nome do registro não equivale ao gênero pode se tornar um grande sofrimento para a pessoa. Por isso, a adequação do nome é fundamental para garantir a intimidade, privacidade e dignidade, evitando situações de constrangimento. É necessário unirmos forças para garantir os direitos da comunidade LGBTQIA+ e a retificação do nome e gênero é um passo essencial nesse processo”, afirma Roberta Candido, coordenadora do curso de Direito da Estácio. 

Johanna Nascimento, 25 anos, é travesti e diz que qualquer visibilidade para a comunidade LGBTQIA+ é importante. Ela preza pela humanização e garantia dos direitos básicos da comunidade trans, além disso, relata como foi se assumir para a família. “Me assumi como travesti para minha família e foi a coisa mais libertadora que eu já fiz, poder falar em voz alta o que eu era. Hoje quando me olho no espelho, sinto uma tranquilidade e satisfação pessoal transcendente. Apesar de todo o sofrimento e medo que sentia quando criança e adolescente, me reconhecer e me afirmar como travesti todos os dias, é minha maior conquista”, completa. 

Além da universidade, as ongs TransConvida, Angels e o Centro de Integração à Cidadania Jabaquara irão contribuir na Feira. 

“Abrir as portas de um centro universitário em três cantos da capital paulista para atender a população LGBTQIA+ com alunos capacitados e profissionais sérios, assegura o acesso à justiça e transforma vidas. Iremos conceder para as diversas pessoas trans, travestis e não binárias a possibilidade de ser quem são, inclusive em seus documentos, mediante assistência jurídica de qualidade e gratuita”, diz Iggor Moreira, organizador do evento. 

Serviço: Feira da Diversidade

Campus Conceição: Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 673 – Jabaquara, São Paulo – SP, 04309-010 

Datas e horários: 24 e 25 de junho, das 10h às 12h e das 15h às 18h 

Campus Interlagos: Av. do Jangadeiro, 111 – Interlagos, São Paulo – SP, 04815-020 

Datas e horários: 24 e 25 de junho, das 10h às 12h e das 15h às 18h 

Campus Santo Amaro: Rua Promotor Gabriel Nettuzzi Perez, 108 – Santo Amaro, São Paulo – SP, 04743-020 

Datas e horários: 24 e 25 de junho, das 10h às 12h e das 15h às 18h 

Entrada: gratuita e aberta ao público 

Foto de capa: DIvulgação/ Johanna Nascimento

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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