BLOG

Dica de leitura: coletânea de quadrinhos “melaço” reúne narrativas lésbicas

No dia 25 de abril comemoramos o dia internacional da Visibilidade Lésbica, para celebrar a data deixamos para vocês a recomendação dos maravilhosos quadrinhos: “melaço”.

Por Izadora Xavier, voluntária da Biblioteca Comunitária Caio F. Abreu

Publicado em 2018 através de financiamento coletivo, o livro reúne sete histórias de “romance entre meninas & good vibes” de autoria de Aline Lemos, Bruna Morgan, Dani Franck, Dika Araújo, Jujuqui, Manu Negri, Talita Régis, mtika e Lita Hayata.

“melaço” segue a tradição de uma outra publicação feita por e para lésbicas pioneiras, que tornaram possível hoje contarmos nossas próprias histórias: o “Chana com Chana” (boletim do Grupo de Ação Lésbica-Feminista que foi publicado de maneira independente entre 1982 e 1987). Essa é a tradição que, ao contrário do que tentam nos inculcar, desenha pra quem ainda não conseguiu entender o que já dizíamos nos anos 1980, quando começamos a lutar para ser visíveis: o lesbianismo é um barato!

Os desenhos são simples e bonitos — como as histórias. O traço é agradável, as autoras talentosas, e a forma é harmônica com os temas. Como sabemos, as lésbicas não apenas foram durante muito tempo invisibilizavas, mas, quando tornadas visíveis, eram representadas como vilãs e mal-amadas. Aqui temos sete heroínas e sete histórias de amor. Nem tudo são flores em todas as narrativas, mas os finais são sempre felizes. Melaço não é a mesma coisa de meloso, mas é super doce: provem!

Na plataforma de quadrinhos Tapas, há uma amostra. Para quem quiser sentir um gostinho, é só acessar aqui.

Se interessou? Você pode adquirir um exemplar na Biblioteca Comunitária Caio F. Abreu!

Conheça as autoras

Bruna Morgan que anda captando grandes dores e pequenos prazeres no “Universo em Bolha de Tinta”, onde a gente se reconhece de monte e chora enquanto vê lindas cores. @bolhadetinta no Instagram.

Dani Franck é quadrinista e ilustradora de São Paulo e o que mais quer é escrever o máximo possível de histórias gays fofinhas. Desde 2017 publica histórias leves e positivas com protagonismo de personagens sáficas. Acompanhe seu trabalho em @danifranck no Instagram e no Twitter.

Dika Araújo viciada em briefings e notas fiscais (!!!), maranhense, arte- finalista de mão cheia com quadrinhos do selo Pagú Comics, faz a gente babar em leiautes lindíssimos. Trabalho bom recompensa, e quem ganhou foi a gente em “Domingo tem Macarrão”. @dikaraujo no Instagram.

Juliana Moreira é Senior Product Designer no JOTA. Nas horas vagas, gosta de fazer quadrinhos. Além de sua participação em “Melaço”, é autora da webcomic de ficção científica “Radiante” e da short story de terror “31 Hours”, publicada em seu Instagram. @jujuqui no Twitter e no Instagram.

Line Lemos é artista, quadrinista e zineira não-binária natural de Belo Horizonte. É Mestre em História pela UFMG e estudante de Artes Plásticas na Escola Guignard. É autora dos quadrinhos “Artistas Brasileiras”, que recebeu um Prêmio HQ MIX em 2019, “FOGO FATO” e “Fessora!”.

Lita Hayata é desenhista e quadrinista, trabalha com concept art para jogos e se embrenha nas artes marciais. Atualmente estuda aquarela e desenho de ambientes permeáveis, além de fazer mentorias para artistas.

Manu Negri @ilustremanu no Instagram e @caradeanu no Twitter. É redatora, escritora, ilustradora e artesã, que anda gostando de se aventurar como podcaster nos gêneros de games e cinema sáfico, mas precisa arranjar mais tempo para todos os projetos que quer abraçar.

mtika é mtk também, yyamakat no Twitter, autista não binárie com interesses que se emaranham entre traduções, leituras & escritas, acessibilidade, tecnologia, arte e lgbtqia+ices. Atualmente se balança tentando estudar LIBRAS, programação, e trabalhando com metodologias ágeis.

Talita Régis, cozinheira de mão cheia, atriz, modelo e dançarina, já mapeou toda essa geografia e pode dizer com propriedade se a coisa azeda ou adoça.

Sobre a obra

Título: melaço.
Autoras: Aline Lemos, Bruna Morgan, Dani Franck, Dika Araújo, Jujuqui, Manu Negri, Talita Régis, mtika e Lita Hayata.
Editora: financiamento coletivo pelo Catarse.
Ano de publicação: 2018

Ilustração de capa: Gustavo Inafuku

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

Notícias Relacionadas

Conheça as HQs de Kael Vitorelo na Biblioteca da Casa 1

Casa 1 e Vitrine Filmes exibem O Melhor Amigo em sessão gratuita

O que rolou na Casa 1 em fevereiro

Casa 1 realiza IX Feira de Empregabilidade Trans, Travesti e Não Bi...

Para ler e assistir, conhecendoa história de Marcelo RubensPaiva

Potyguara Juão Nyn, estreia no Sesc Avenida Paulista com TYBYRA

Santo de Casa, novo livro de Stefano Volp, propõe a desconstrução d...

Tudo que a Casa 1 fez em janeiro

Para relembrar o que rolou na Biblioteca Caio Fernando Abreu em 2024

Casa 1 realiza primeira Chamada Aberta do ano para a Programação Pú...

Direitos LGBT+ enfrentam reação negativa do setor de tecnologia, ma...

Casa 1 realiza VIII Semana da Visibilidade Trans com show gratuito ...