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Coletivo teatral Rainha Kong promove aulas públicas para discutir as narrativas LGBT+ nas artes cênicas

Com Ave Terrena, Ferdinando Martins e Helena Vieira, encontros começam no dia 1º de junho e marcam o início do projeto, que foi contemplado pela Lei Municipal de Fomento ao Teatro

As Histórias Vistas de Baixo é o nome do projeto proposto pelo coletivo teatral RAINHA KONG para a 36ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Seu debate central reside no impulso de responder às perguntas: Quem conta a história da população LGBTQIA+? Quem produz essa historicidade?

Para além da discussão de representação/representatividade, o que corpos emergentes na cena contemporânea trazem enquanto linguagem? Quais discursos políticos e estéticos corpos até então marginalizados são capazes de reproduzir? Quem dissemina e como comunica essas narrativas? 

Para abrir espaço para algumas respostas, o coletivo promoverá três aulas públicas. Os encontros serão ministrados por artistas que trabalham a historicidade da população LGBTQIA+ brasileira nas artes cênicas e performativas.

Todas as aulas serão ministradas por algum agente cultural, artista, trabalhador da cultura e/ou estudioso dos movimentos sociais LGBTQIA+ que tenham relação intrínseca com a temática abordada e com a produção artístico cultural brasileira. Os encontros virtuais serão transmitidos pelo canal no Youtube da Casa 1, que coordena a comunicação do projeto. Confira a programação abaixo.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

PERFORMANCES DO TRÂNSITO | DIA 1/6 (TERÇA), 19h, cujo objetivo é debater as novas manifestações poéticas e performáticas pensadas e produzidas por sujeites LGBTQIA+ – em especial transgêneros e intersexo – procurando compreender como tais performances evocam um movimento artístico pós-binário e como esse movimento modifica as representações e ficções a respeito dos corpos LGBTQIA+. 

Com Helena Vieira, pesquisadora, transfeminista e escritora. É Assessora para a Cultura da Diversidade na Escola Porto Iracema das Artes.

HISTORIOGRAFIA DA PRODUÇÃO CÊNICA LGBTQIA+ NO BRASIL | DIA 3/6 (QUINTA), 19h

cujo objetivo é debater produções teatrais, dramatúrgicas e performativas produzidas por indivíduos LGBTQIA+, compreendendo também como essas produções movimentaram e modificaram a representação pejorativa e grotesca desta população no teatro. 

Com Ferdinando Martins, jornalista, sociólogo e produtor cultural. Professor Doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo nas áreas de Estética, Crítica e História das Artes Cênicas.

A CONSTRUÇÃO DE PERSONAGENS LGBTQIA+ NA DRAMATURGIA E LITERATURA BRASILEIRA | DIA 8/6 (TERÇA), 19h 

cujo objetivo é analisar criticamente e de uma perspectiva literária a construção dessas personagens no imaginário poético brasileiro e como este imaginário se modificou ao longo da história do Brasil. Com Ave Terrena, dramaturga, poeta, diretora, atriz e professora da Escola Livre de Teatro de Santo André desde 2019, na qual orienta o Núcleo de Dramaturgia e a matéria Poesia Transfigurada – Ateliê de Escrita da Cena. 

SERVIÇO 

O QUE? Série de encontros virtuais promovidos pelo coletivo RAINHA KONG 

QUANDO? De 1 a 6 de junho. 

ONDE? no youtube.com/Casa1videos

QUANTO? Gratuito 

SOBRE A RAINHA KONG 

Desde 2016, a RAINHA KONG investiga intersecções de diferentes linguagens artísticas a fim de discutir questões LGBTQIA+ cenicamente. O coletivo, oriundo do curso de Artes Cênicas da Unicamp, se coloca em cena enquanto ato político de resistência, mas também  questionando a construção de novas narrativas – a partir de histórias e corpos até então silenciados – na investigação e formatação de novas linguagens e formas de se pensar o fazer teatral, performático e artístico.

A primeira produção do coletivo, O Bebê de Tarlatana Rosa, reordena o conto homônimo de João do Rio, alocando-o em uma perspectiva queer, confluindo a narrativa do conto com depoimentos biodramáticos des integrantes do elenco.

FICHA TÉCNICA  

Realização: RAINHA KONG (Aleph Antialeph, Jaoa de Mello e Vitinho Rodrigues)

Coordenação de produção: Nós 2 Produtoras Associadas (Bia Fonseca e Iza Marie Miceli)

Coordenação de comunicação: Casa 1 (Angelo Castro, Brenda Amaral, Bruno O., Iran Giusti e Thais Eloy) 

Ministrantes: Ave Terrena, Ferdinando Martins e Helena Vieira

Este projeto é realizado com apoio da Lei Municipal de Fomento ao Teatro do Município de São Paulo.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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