Publicação é uma parceria entre Editora Monstra, Acervo Bajubá e GIV ONG
“Poéticas de Vida” é uma publicação da coleção Cadernos, que visa fomentar a produção literária que tem na vivência individual (logo social, política, cultural) sua principal matéria.
Resultado de uma oficina promovida pela Editora Monstra, Acervo Bajubá e GIV – Grupo de Incentivo à Vida com mediação do escritor e pesquisador Leandro Noronha e da artista gráfica Laura Daviña (PSSP), a publicação venceu a categoria Arte e Cultura na terceira edição do Prêmio José Araújo Lima Filho de Direitos Humanos. A cerimônia aconteceu dia 26/11 e participantes da oficina compareceram representando o Acervo Bajubá.
O prêmio é uma iniciativa do Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids) e contempla as categorias de arte, cultura e comunicação.
O livro é distribuído gratuitamente para todo o público e espaços culturais, coletivos e projetos parceiros da Casa 1. A distribuição acontece no próprio Centro Cultural da Casa 1 que funciona de segunda a sexta, das 11h às 18h. Lembrando que temos um número limitado de livros, disponíveis por ordem de retirada e a versão PDF está disponível no site da Editora Monstra.
Sobre José Araújo Lima Filho
José Araújo atuou por mais de 30 anos de mobilização social e construção de políticas públicas. Polêmico, determinado e grande entusiasta do SUS, esteve à frente de mobilizações em defesa dos direitos humanos e da saúde pública.
Sua militância em defesa das pessoas que vivem com HIV/aids começou na primeira década da epidemia, na recepção do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo. Ele foi um dos responsáveis por reunir os pacientes para troca de experiências e solidariedade, levando boa parte dessas pessoas para o GIV (Grupo de Incentivo à Vida).
Araújo também participou da criação da RNP+ Brasil, em 1995, e trabalhou no acolhimento de crianças com HIV, além de ter atuado como coordenador geral da Associação François Xavier Bagnoud do Brasil (AFXB).
Por décadas realizou parcerias com organizações do Japão, proporcionando trocas de experiências de prevenção e autocuidados entre os brasileiros lá residentes. Também atuou fortemente na luta pela garantia de direitos de participantes de pesquisas clínicas.
Seus últimos anos de vida foram dedicados ao EPAH (Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada), a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e ao Movimento Paulistano de Luta contra a Aids (Mopaids). “Agora temos a missão de dar continuidade ao legado que nos deixou. A luta contra a aids perdeu um de seus maiores defensores, mas a memória de Araújo continuará presente no movimento social de luta contra a aids. Araújo partiu sem saber que neste momento estaríamos enfrentando uma nova pandemia, a de Covid-19, que já dizimou famílias, expôs pessoas e escancarou as injustiças sociais”, concluiu Américo.