BLOG

20 escritores e escritoras negras para ler hoje e sempre

Por Denise Pires, coordenadora da Biblioteca Caio Fernando Abreu e Plínio Camillo, escritor. 

Com o isolamento social e a suspensão das atividades presenciais da Biblioteca Caio Fernando Abreu, a biblioteca comunitária da Casa 1 o caminho foi se dedicar à produção para as redes sociais com uma série de posts que estão sendo produzidos aqui no blog e as indicações de literatura semanais nas redes sociais.
E para listar autores e autoras negras convidamos o Plínio Camillo, parceiro de longo tempo da Casa 1 e escritor de mão cheia, obviamente integra a seleção.  Aproveite a leitura e fiquem à vontade para indicar mais nomes nos comentários!

1. Carolina Maria de Jesus | Sacramento, MG, 1914- 1977

Uma das maiores autoras que temos, Carolina era de origem muito humilde, conseguiu estudar e tornou-se uma leitora voraz. A escritora vivia de catar papéis, ferro e materiais recicláveis, tendo nessa função sua única fonte de renda. Nos cadernos que encontrava pela rua passou a registrar seu cotidiano e suas histórias. Carolina Maria de Jesus transformava a crueldade e frieza de seu cotidiano em lirismo: “Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: faz de conta que eu estou sonhando”, Quarto de Despejo, publicado em 1960.

Algumas obras: “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, “Casa de Alvenaria: diário de uma favelada” e “Pedaços da Fome”.

2. Carlos de Assumpção | Tietê, SP, 1923

Poeta, estudou Direito, Português e Francês, colaborador de revistas e grupos literários, autor do famoso poema “Protesto”, entre outros livros. Laureado com vários títulos e prêmios, foi traduzido para o inglês, francês e alemão e é um dos maiores autores que temos.

Algumas obras: “Protestos- poemas”, “Quilombo”

3. Cidinha da Silva | Belo Horizonte, 1967

Publicou vários livros entre crônicas, infantis e contos, foi finalista do prêmio Jabuti com a coautoria de “Explosão Feminista” e traduzida para diversos idiomas. Seus principais temas são a africanidade, ancestralidade, orixalidade, o diálogo entre a tradição e a contemporaneidade. A autora também discute sobre assuntos como racismo, direitos humanos, morte, política e futebol.

Algumas obras: “Cada tridente em seu lugar e outras crônicas”, “Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!”, “Os nove pentes d’África”

4. Cruz e Souza| Desterro (atual Florianópolis), 1861- 1898

Filho de escravos alforriados, o poeta é um dos maiores nomes que temos e desde jovem chama a atenção pelos belos versos que faz e declama. Recebeu uma educação formal e se tornou um aluno brilhante, culto e erudito com destaque em muitas disciplinas, porém, confinado ao racismo, exerce funções muito abaixo de seu intelecto. O autor foi abolicionista, fundou jornais literários e era colaborador de outros, como o crítico Tribuna Popular, considerado um dos melhores da época. Conviveu com Olavo Bilac e Raul Pompéia e era admirado por muitos escritores. Cruz e Souza atingiu um grau literário muito elevado e, infelizmente, morreu prematuramente aos 36 anos de tuberculose.

Algumas obras: “Missal”, “Broquéis” e “Evocações”

5. Cristiane Sobral | Rio de Janeiro, RJ, 1974

Escritora convidada: Cristiane Sobral

Atuante também nas artes cênicas, Cristiane foi a primeira atriz negra a se formar em Interpretação Teatral pela UNB. Participa de espetáculos no SESC e, com movimentos estudantis, monta a peça “Acorda Brasil”. No ano de 1999 está presente na premiada peça “Boneca no Lixo”. No ano de 2000 inicia sua colaboração com o importante “Cadernos Negros” com edições lançadas nos EUA, integra a publicação “O Negro em Versos” e participa de muitas outras antologias de igual valor.

Algumas obras: “Espelhos, Miradouros, Dialéticas da Percepção”, “Só por hoje vou deixar o meu Cabelo em Paz”, “O Tapete Voador”

6. Cuti | Ourinhos, SP, 1951

Intelectual, poeta, dramaturgo, militante, ensaísta, doutor em Letras pela UNICAMP, são muitos os predicados de Cuti, pseudônimo de Luiz Silva. Foi um dos fundadores e mantenedores da série “Cadernos Negros” e da ONG Quilombhoje Literatura, e atuou em várias frentes de trabalho como o Jornegro, órgão da extinta Federação das Entidades Afro-brasileiras, o FECONEZU- Festival Comunitário Negro Zumbi, realizou palestras e escreveu artigos reunidos no livro “Literatura Negro-Brasileira”.

Algumas obras: “Poemas de Carapinha”, “Batuque de Tocaia”, “Suspensão”

7. Esmeralda Ribeiro | São Paulo, SP, 1958

Para construir sua literatura, a autora parte do resgate das tradições e memórias africanas e afro-brasileiras. É atuante em congressos e seminários nacionais e internacionais incentivando sempre a literatura de escritoras afrodescendentes. Foi uma das poucas mulheres a participar do I e II Encontro de Poetas e Ficcionistas Negros nos anos 80 e 90. “Quero falar de ‘nós’ porque o tempo sempre nos deixou atrás das cortinas, camuflando-nos geralmente em serviços domésticos. Agora, o tempo é outro. É desse tempo que vou falar”.

Algumas obras: “Malungos e Milongas”, “Orukomi – Meu Nome”, “Gostando Mais de Nós Mesmos” (depoimentos)

8. Fábio Kabral | Rio de Janeiro, RJ, data de nascimento não encontrada.

A literatura de Fábio é dedicada à fantasia e ficção científica e seus temas são a ancestralidade africana, afrocentrismo e afrofuturismo, entre outros, colocando herois e heroínas negros e negras no topo das histórias e valorizando sua força, determinação e garra. O autor cita o livro “O Senhor dos Aneis”, de J.R.R. Tolkien, como uma grande influência, tanto que escreveu um poema épico em um fórum sobre o livro, mas que não foi impresso. O autor também se inspira e acrescenta elementos da mitologia iorubá nas suas histórias, como no livro “O Caçador Cibernético da Rua 13”.

Algumas obras: “Ritos de Passagem”, “O Caçador Cibernético da Rua 13”, “A Cientista Guerreira do Facão Furioso”

9. Jarid Arraes- Juazeiro do Norte, CE, 1991

Vencedora do prêmio APCA pelo livro de contos “Redemoinho em Dia Quente”, Jarid é escritora, cordelista e poeta. Lançou mais de 70 obras de cordel e vive em São Paulo onde criou um clube de literatura para mulheres.

Algumas obras: “Redemoinho em Dia Quente”, “Um Buraco com Meu Nome”, “As Lendas de Dandara”

10. Kiusam de Oliveira | Santo André, SP, data de nascimento não encontrada

Kiusam tem uma vasta e importante experiência na área de Educação. É professora na Universidade Federal do Espírito Santo, mestre em Psicologia e doutora em Educação pela USP. A autora também assessorou a implementação da lei 10.639/03 que garante o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. Kiusam é Iyalorixá, escritora, artista multimídia, coreógrafa, palestrante e seus temas são relações étnicos-raciais, educação e cultura afro-brasileira.

Algumas obras: “Omo-Oba Histórias de Princesas”, “O Mundo no Black Power de Tayó”, “Yabas, Mulheres Negras, Deusas, Heroínas e Orixás – Personalidades Sem Fronteiras”, em: Negros da diáspora: Todo o poder para as Yabas. Revista Vozes, nº 93

11. Joel Rufino dos Santos – Rio de Janeiro, RJ, 1941- 2015

Desde jovem Joel Rufino é engajado em causas sociais e políticas. Militava na ALN, Ação Libertadora Nacional, quando foi preso por 1 ano e meio, e só retomou suas atividades acadêmicas como historiador após a Anistia. Este importante autor participou de muitas frentes de trabalho, como a Fundação Palmares, foi subsecretário de Defesa e Promoção das Populações Negras do Rio de Janeiro, lecionou nos cursos de Letras e Comunicação Social na UFRJ, trabalhou no Tribunal de Justiça, entre outros, e deixou uma vasta obra de escritos escritos historiográficos, ensaios, biografias, peças de teatro, romances adultos e infantojuvenis e livros didáticos. Sua biografia de Zumbi dos Palmares  é um clássico entre o público jovem. Recebeu o prêmio Jabuti duas vezes, primeiro pela obra “Uma Estranha Aventura em Talalai” e depois por “O Barbeiro e o Judeu da Prestação Contra o Sargento da Motocicleta”. Também recebeu o Prêmio Orígenes Lessa com o romance epistolar “Quando eu Voltei, eu Tive uma Surpresa”, junção das cartas escritas ao filho pequeno quando estava preso pela ditadura. O escritor foi, ainda, indicado três vezes ao prêmio máximo do livro infantil e infantojuvenil, o Hans Christian Andersen, entregue na Dinamarca. Poucos dias antes de falecer, Joel Rufino salvou a vida de um jovem negro que estava sendo linchado na rua em Copacabana. Um dos maiores nomes que temos, Rufino deixa uma obra ímpar e segue sendo um exemplo de profissionalismo, militância e cidadania.

Algumas obras: “Crônica de Indomáveis Delírios”, “Marinho, o Marinheiro, e Outras Histórias”, “História Nova do Brasil”

12. Lu Ain Zaila | Nova Iguaçu, RJ, data de nascimento não encontrada.

Sentindo falta de representatividade negra na literatura de ficção científica, a autora escreveu a “Duologia Brasil 2048”, composta por dois romances lançados de forma independente, tendo personagens negros e negras como principais. Lu Ain Zaila também é pedagoga formada pela UERJ e escreve contos para revistas.

Algumas obras: “O Caminho Sankofa de Nande”, conto para a revista Eparrei, “Sankofia: breves histórias afrofuturistas”, “Ìségún”

13. Júlio Emílio Braz | Manhumirim, MG, 1959

Autor da literatura infantil e infantojuvenil, Júlio Emílio aprendeu a ler sozinho aos seis anos de idade a partir de revistas de terror. Começou a carreira de escritor após perder o emprego e encorajado por um amigo enviou seus textos para editoras. Passou pelos quadrinhos e narrativas de bang bang e escreveu sob 39 pseudônimos diferentes.

Algumas obras: “Luis Gama, de escravo a libertador”, “Pivete”, “Abra-te, Sésamo”

14. Maria Firmina dos Reis – São Luís, Maranhão, 1822

Maria Firmina nasceu e viveu em um ambiente de extrema segregação racial. Precursora da literatura abolicionista no país, era filha de pai negro e mãe branca e foi criada por sua tia materna, crucial para sua educação. Formou-se professora primária e recebeu o título de “Mestra Régia” aos vinte e cinco anos. É autora de “Úrsula”, 1859,  primeiro romance abolicionista, antes mesmo de “Navio Negreiro”, de Castro Alves, e foi a primeira mulher a publicar um romance no Brasil. Maria Firmino também foi autora de contos, canções, ensaios, histórias e quebra cabeças em jornais. Segundo seu biógrafo, Nascimento Morais Filho, a escritora fundou em Maçaricó, MA, uma das primeiras escolas mistas e gratuitas do país e causou grande repercussão tendo que fechá-la dois anos e meio depois.

Algumas obras: “Úrsula”, “Gupeva”, “Cantos à Beira-mar”

15. Michel Yakini | São Paulo, SP, data de nascimento não encontrada

Michel mora em Pirituba, é escritor, produtor cultural e arte-educador. Atua nos movimentos literários periféricos e é um dos idealizadores do Sarau Elo da Corrente. Colaborou como colunista na revista espanhola Palavra Comum e no jornal Brasil de Fato. Participou de atividades literárias em vários países como Alemanha, Egito e Cuba e teve seu trabalho traduzido para o árabe, espanhol e inglês.

Algumas obras: “Acorde um Verso”, “Desencontros”, “Crônicas de um Peladeiro”

16. Mel Duarte | São Paulo, SP, 1988

Mel se formou em Comunicação Social, atuou na área, e hoje é poeta, slammer, escritora e produtora cultural. Integrante do Slam das Minas, em 2016 foi destaque no sarau da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e vencedora do prêmio Rio Poetry Slam, campeonato internacional de poesia no Rio de Janeiro. Participou durante seis anos do belo projeto Poetas Ambulantes, declamando poesias pelo transporte público.

Algumas obras: Participação na antologia “Querem nos Calar- poemas para serem lidos em voz alta”, “Negra, Nua e Crua”,  “Fragmentos Dispersos”, com download gratuito no site oficial da autora. https://www.melduartepoesia.com.br/

17. Nei Lopes | Rio de Janeiro, RJ, 1942

Para construir seu trabalho, Nei Lopes passou por várias formações como a advocacia, escrita, música, pesquisa e a dramaturgia. Teve seus poemas publicados em jornais como a Tribuna da Imprensa e a revista Civilização Brasileira e encontrou na literatura e na música uma forma de liberdade que não havia na advocacia. Sua parceria com o grande  sambista Wilson Moreira é reconhecida nacionalmente e foi um dos precursores do pagode de fundo de quintal. Através da poesia, o autor conscientiza seus leitores sobre a população negra e o ambiente em que estão inseridos, desde a África até as regiões periféricas e os grandes centros urbanos.

Algumas obras: “Casos crioulos”, “Incursões sobre a pele”, “A Lua Triste Descamba”

18. Ruth Guimarães | Cachoeira Paulista, SP, 1920

A escritora teve um intenso trabalho na área literária. Formada em Filosofia e Letras Clássicas pela USP, trabalhou como jornalista colaborando com a imprensa paulista, como a Folha de São Paulo, e carioca e manteve por anos uma seção sobre literatura na Revista do Globo, de Porto Alegre, RS. Nesta coluna, a autora publicava seus textos, fazia concursos de contos e resenhava livros. A autora também fez traduções e lecionou Língua Portuguesa por mais de trinta anos em escolas públicas paulistas.

Algumas obras: “Água Funda”, “Crônicas Valeparaibanas”, “Contos de Cidadezinha”

19. Oswaldo Camargo | Bragança Paulista, SP, 1936

Oswaldo Camargo nasceu no campo e desde pequeno tinha interesse pela música e religião, fato que o levou a estudar em um seminário de formação humanística e conheceu a poesia de Drummond, seu preferido. Muda-se para São Paulo, capital, para finalizar sua formação e trabalhar. Emprega-se como organista da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e na imprensa colaborando com o suplemento literário do Correio Paulistano e revisor no Estado de São Paulo. Publica o livro de poemas inspirados no catolicismo “Um homem tenta ser anjo” com boas críticas. Em São Paulo, o autor entra em contato com intelectuais como os participantes da Semana de 22 e Florestan Fernandes, prefaciador de seu livro “15 Poemas Negros”, aprofunda seus conhecimentos sobre o Modernismo e passa a atuar com movimentos voltados para a população afrodescendente como a Associação Cultural do Negro, responsável pela realização de atividades musicais e literárias, sendo diretor do Departamento de Cultura e OS jornais da imprensa negra Novo Horizonte, Níger e O Ébano. Na década de 70 passa a escrever romances com personagens afrodescendentes e sobre a cidade de São Paulo com seus paradoxos, ilusões e discriminações.

Algumas obras: “15 poemas negros”, “O carro do êxito”, “O estranho”

20. Plínio Camillo | Ribeirão Preto, SP, 1960

Plínio é formado em Estudos Linguísticos pela USP, é ator, educador social e também trabalha na área da comunicação. Seu primeiro livro, “O Namorado do Papai Ronca”, destinado ao público infantojuvenil, foi premiado pelo PRoAC e inovou ao utilizar a linguagem das redes sociais. Camillo é ator, diretor e iluminador e reconhece a importância da vivência teatral em sua narrativa literária. Seus temas são contemporâneos e abordam aspectos políticos, artísticos, sociais, sexuais e diferenças étnicas. O escritor colaborou com a Revista Córrego, participou de coletâneas, mantém um blog e tem um importante trabalho no incentivo da literatura negra.

Algumas obras: “Coração Peludo”, “Outras vozes”, “Luiza”

Menção Honrosa:

“Cadernos Negros”

Desde 1978, com quarenta volumes, um livro por ano, esta série tornou-se um marco e é referência sobre a literatura negra no Brasil.  Organizada pelo grupo Quilombhoje e baseada na lei 10639/ 1145, que garante o ensino da cultura negra no país, a obra abre espaço para autores e autoras afrodescendentes publicarem suas visões de mundo e experiências sociais e pessoais em contos e poemas e afirmarem o importante lugar da literatura periférica. Alguns volumes da série estão disponíveis na Biblioteca Caio Fernando Abreu, situada na rua Condessa São Joaquim, 277, Bela Vista, prontinhos para você retirar assim que o isolamento social não for mais necessário.

Fontes:

www.letras.ufmg.br/literafro/www.pliniocamillo.wordpress.comwww.geledes.org.brwww.wikipedia.org.bwww.scielo.brwww.fabiokabral.wordpress.comwww.jaridarraes.comwww.mskiusam.comwww.globaleditora.com.brwww.brasil2408.com.brwww.brasil.elpais.comwww.michelyakini.comwww.melduartepoesia.com.brwww.quilombhoje.com.br

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

Notícias Relacionadas

Conhecendo o escritor James Baldwin em seu centenário

Matheusa Moreira transforma cotidiano em pinturas abstratas e inaug...

Romance sáfico nacional traz trama enredada por debate geracional

Literatura Juvenil LGBTQIA+ por 3 autoras nacionais

Conhecendo mais sobre o movimento e os direitos LGBTI+em 3 livros

Casa 1 e Coletivo AMEM realizam Feira de Empregabilidade LGBTQIAPN+...

HQ Ciranda da Solidão é republicada e ganha edição especial

A nova adição na seção de obras autografadas, livros disponíveispar...

Com o tema “Aquilombar é Cura”, a Parada Preta 2024 aco...

Com texto e direção de Rodrigo França, espetáculo Angu combate este...

Conheça Quinze Dias e outros 3livros representativos para ler e dep...

Primeira parlamentar travesti no estado do Rio de Janeiro lança liv...